29/06/1860: Nascia na localidade de São Martinho, interior
do município de Cruz Alta, o jornalista, advogado e político gaúcho Júlio
Prates de Castilhos. O homem que disseminou
o ideário positivista no Brasil.
Dirigiu o jornal A
Federação, de 1884 a 1889, onde fazia propaganda dos ideais republicanos. Em
1890 elegeu-se Deputado constituinte pelo PRR – Partido Republicano
Rio-grandense, tornando-se um de seus principais líderes. Em 15 de julho 1891, Júlio de Castilhos foi
eleito presidente do estado do Rio Grande do Sul, sendo deposto em novembro do
mesmo ano. No final de 1892, vence
novamente a eleição e volt a ocupar o cargo de Presidente do Estado. Assume o
governo em 25 de janeiro de 1893 e logo em seguida enfrenta e contém a
Revolução Federalista de tendência parlamentarista, liderada por Gaspar
Silveira Martins. O chamado Castilhismo consolidou-se como corrente política e
teve voz ativa por cerca de quarenta anos, principalmente no Rio Grande do Sul,
mas também no restante do Brasil. Júlio de Castilhos morreu
prematuramente em 1903, vítima de câncer na
garganta. A última casa em que
viveu foi adquirida pelo governo do Estado em 1905 e ainda neste ano ali
instalou o Museu Júlio de Castilhos, situado na Rua Duque de Caxias, centro de
Porto Alegre. O político foi também homenageado na capital gaúcha com a
construção de um grande monumento na Praça da Matriz. A localidade onde nasceu, ao emancipar-se de
Cruz Alta, tornou-se município e adotou o nome de Júlio de Castilhos, em
homenagem ao filho ilustre. Seus conterrâneos deram-lhe a alcunha de Patriarca
do Rio Grande do Sul.
29/06/1905: Nasce Vale Vêneto, Quarta Colônia, à época pertencente ao município de Santa Maria, o padre, jornalista, escritor e poeta Pedro Luiz Botari. Sacerdote Palotino, foi pároco em Porto Alegre, Santa Maria, Canoas, Cruz Alta e Bagé. Destacou-se por suas obras/monumentos em homenagem à Virgem Maria, Mãe de Deus, em Vale Vêneto, Cruz Alta, Bagé, locais que se transformaram em santuários. Como jornalista, assinou a coluna periódica “Crônicas do Paraná”, a partir de 1962, no Correio do Povo de Porto Alegre. Como poeta regionalista se destacou publicando em livros e na imprensa gaúcha seus poemas, contos e crônicas. Em 1958 publicou “O Gênio do Pampa”; em 1963, “Sonetos do Pampa”; 1969, “A Virgem Crioula”; 1978, Conquistadora, a Madrinha Crioula dos Gaúchos”, entre outros.
Muitos de seus trabalhos ainda jazem em periódicos, distantes do acesso fácil dos leitores.
Padre Pedro Luis faleceu em Bagé, a 23 de agosto de 1983.
29/06/1906: Nasce
em Imaruí/SC, o acordeonista, compositor
e cantor Pedro Raymundo. Veio pra Porto Alegre em 1929, quando passou a
trabalhar como motorneiro nos bondes da Carris. Nas horas de folga, tocava
acordeon e cantava nos bares do Mercado Público. Dez anos mais tarde já apresentava um
programa na Rádio Farroupilha.
No rastro do sucesso do célebre xote de sua autoria, Adeus
Mariana, lançado em 1943, Pedro Raymundo mudou-se para o Rio de Janeiro,
para trabalhar na Rádio Nacional, onde
ficou conhecido como o gaúcho alegre do rádio.
Por se apresentar sempre "pilchado", com a
indumentária típica do gaúcho, acabou inspirando Luiz Gonzaga a se apresentar
com a roupagem característica dos vaqueiros nordestinos, de gibão, chapéu de
couro e sandália.
Pedro Raymundo morreu em 09/07/1973, no Rio
de Janeiro.
29/06/1942: Nasce na
localidade de Pontão de Santa Maria, distrito do município de São Luiz Gonzaga,
o cantor, compositor e
violonista, Pedro Marques Ortaça, mais conhecido por Pedro Ortaça. Um dos quatro
troncos missioneiros. Em 2006 foi
agraciado com o Prêmio Vitor Mateus
Teixeira de Melhor Cantor do ano. É pai dos também cantores Gabriel, Alberto
e Marianita Ortaça que se apresentam com
ele, atualmente, nos seus espetáculos.
Recentemente conquistou o Titulo de Mestre da Cultura Popular Brasileira.
Ortaça tem 12 discos editados, entre
LPs e CDs, e um DVD gravado em 2010, em cinco cidades missioneiras.
Discografia:
1977 - Mensagem dos Sete
Povos
1979 - Chão Colorado
1982 - Missões, Guitarra e
Herança
1988 - Troncos Missioneiros (com Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e Cenair Maicá)
1989 - Timbre de Galo
1991 - Apontando o Rumo
1992 - De Guerreiro a Payador
1995 - Grito da Terra
1998 - 17 Grandes Sucessos de
Pedro Ortaça
2000 - Galo Missioneiro
2007 - Pátria Colorada
2010 - De Igual pra
Igual
29/06/1957: Era fundada a
Estância da Poesia Crioula, entidade cultural que congrega poetas do
regionalismo gaúcho. A fundação da Academia Xucra do Rio Grande, como é
carinhosamente conhecida, ocorreu no dia 29 de junho de 1957, dia de São Pedro,
Padroeiro da Estância. Nos dias 27, 28 e
29 de junho de 1957, foi realizado o primeiro Congresso de Poetas Crioulos do
Rio Grande do Sul, que teve Vargas Netto como Presidente de Honra e o poeta
Hugo Ramirez como Presidente da Comissão Organizadora. O primeiro Rodeio de Poetas Crioulos teve a
adesão de 86 poetas, sendo, estes, considerados Sócios Fundadores. Nestes 59
anos de existência a E P C tem cumprido seus princípios e continua promovendo,
anualmente, seu Rodeio de Poetas, editando suas antologias, realizando concursos
literários e participando ativamente dos movimentos que venham a promover nossa
cultura. A primeira diretoria da Estância teve como Presidente, o poeta Hugo
Ramirez. Demais poetas da diretoria: Rui Cardoso Nunes, Jayme Caetano Braun,
José Barros Vasconcellos, Dimas Costa, Lauro Rodrigues, Pery de Castro,
Nitheroy Ribeiro e Olynto Sanmartin. A Estância da Poesia Crioula tem uma
característica marcante que é a de reverenciar seus vates já falecidos. Para
isto, idealizou e construiu na entrada da Estância da Harmonia, em Porto
Alegre, o Monumento aos Poetas Mortos, composto de uma cancela de varejão, que
significa a passagem para as sesmarias do infinito e de uma pedra de sete
toneladas chamada de A Pedra da Memória.
O atual presidente da EPC é o poeta Wilson Tubino.