Com o pala em tira e tapado de quero-quero, o ano
de 2016 já se larga campo a fora, sem deixar muita saudade pelos pagos do Rio
Grande. Em seu lugar, enforquilhado num
baio ruano, de trote macio, mas flor de passarinheiro, vem se achegando,
devagarito, um gurizote garboso, trazendo uma mala de garupa atopetada de boas
esperanças. Não demora, já vai dar “oh! de casa” em nosso rancho,
desafiando-nos para a uma nova jornada de vida e de realizações.
Antes de oferecer o primeiro mate, eu preciso divulgar
o tradicional e já esperado levantamento que aponta os DESTAQUES DOS FESTIVAIS
de música e de poesia realizados no ano de 2016.
Precedendo a nomeação dos destaques, faz-se
necessário elencar os critérios que nortearam este trabalho:
1. Foram considerados todos os festivais de cunho
nativista ou entendidos como tal independentemente de serem consagrados ou
iniciantes, com maior ou menor projeção, em cujos regulamentos estejam
previstas mostras de competição, com as obras concorrentes previamente
determinadas por triagem;
2. Em 2016 foram realizados 38 festivais de música
e 06 de poesia. Não integram esta estatística os festivais ditos “costeiros”,
que adotam o critério de definição de um tema sobre o qual os participantes
devem criar suas obras e apresentá-las no dia seguinte. Também não foram
considerados os festivais apenas de interpretação e os “fechados” para
convidados, ou ainda aqueles que fogem dos padrões citados no item anterior;
3. Além dos eventos promovidos no Rio Grande
do Sul, foram considerados dois festivais de música realizado no estado de
Santa Catarina: a Nevada da Canção Nativa
de São Joaquim e a Sapecada da Canção Nativa de Lages. Estes certames têm características idênticas aos
que ocorrem no RS e contam com participações destacadas de diversos compositores,
músicos e intérpretes gaúchos. São reconhecidos como “extensões” do movimento nativista
do Rio Grande do Sul.
4. O critério para definição dos destaques foi,
novamente, a cumulatividade, ou seja, a soma dos prêmios conquistados em cada categoria;
5. As categorias, ou modalidades, foram estabelecidas
pelo autor do levantamento, o comunicador Jairo Reis, num formato de fácil
compreensão.
6. Caso ocorra empate em alguma modalidade, o
vencedor será aquele que tiver conquistado mais “Primeiros Lugares”. Caso
persista o empate, vence o que tiver mais “Segundos Lugares”, e assim,
sucessivamente.
7. Os vencedores de cada modalidade receberão um
exemplar do Troféu Ronda dos Festivais,
oferecido pelo blog Ronda dos Festivais
e pelo comunicador Jairo Reis.
Os DESTAQUES DOS FESTIVAIS do ano de 2016 são os
seguintes:
FESTIVAIS DE
MÚSICA:
Na modalidade AUTOR
COM MAIS VITÓRIAS, aparece com 6 (seis) troféus de
“Primeiro Lugar”, o compositor
RÔMULO CHAVES.
Suas vitórias aconteceram nos festivais:
10º Cante
uma Canção em Vacaria - Memoria de
Campeiro
2º Canto
de Amor a Giruá – Sou Teu Giruá
2º Canto
do Charão – Onde Mora a Verdade
9º Canto
Nativo – Os da Mesma Família
31º
Ponche Verde – Dois Tempos do Cantor Pampeano
5º Canto
de Luz – Razões Pra Cantar
Entre aqueles compositores que, ao longo de 2016,
conquistaram MAIS PREMIAÇÕES DE SEGUNDO
LUGAR, houve empate entre 3 autores: Alex
Har, Matheus Costa e Rodrigo Bauer. No entanto, utilizando o critério de desempate
definido no regulamento desta pesquisa, o nosso troféu vai para RODRIGO BAUER.
Na modalidade AUTOR
COM MAIS TERCEIROS LUGARES, cinco autores se salientaram com 2 premiações
cada um. O critério de desempate
precisou ser utilizado novamente, resultando na definição de RÔMULO CHAVES como
vencedor.
Ainda sobre a performance dos compositores, entendi
que seria interessante apontar também aquele autor que obteve mais premiações
principais ao longo de 2016. Considerei como “premiações principais” os troféus
de 1º, 2º e 3º lugares e os de Música Mais Popular. Computadas estas informações, o levantamento
apontou como AUTOR COM MAIS PREMIAÇÕES
o compositor RÔMULO CHAVES. Ele levou pra casa 6 troféus de primeiro
lugar, 2 troféus de terceiro lugar e 1 troféu de Música Mais Popular.
Na categoria MELHOR
INTÉRPRETE MASCULINO, o cantor que salientou-se no
cenário dos festivais,
conquistando quatro troféus de “Melhor
Intérprete”, foi CRISTIANO FANTINEL.
Ele se consagrou defendendo as músicas:
No Roncar
de Um Bugio - 25º Ronco do Bugio
Léguas
por Diante - 25ª Vigília
Décima do
Arrependido - 23ª Estância
Duas
Sombras - 24ª Tertúlia
Na categoria MELHOR
INTÉRPRETE FEMININO, destacou-se a cantora JULIANA SPANEVELLO, com 2 troféus de Melhor Intérprete, conquistados
nos festivais:
24ª
Sapecada – No Romper da Trança
9º Canto
Missioneiro - Conselho
A modalidade INTÉRPRETE
COM MAIS PRIMEIROS LUGARES, salienta aquele
cantor ou cantora que, através de sua interpretação, conduziu a música ao prêmio máximo do festival. Neste quesito, destaca-se o cantor ANDRÉ TEIXEIRA, que atuou como intérprete em 5 músicas vencedores, a saber:
31º Carijo
Cicatriz - 36ª Coxilha;
Nos Braços da Madrugada - 23ª Estância;
Viejito - 8º Expocanto;
Pra Quem Bebeu das Taperas - 2º Vento Xucro;
Na categoria MELHOR
INSTRUMENTISTA, o somatório de 5 troféus na modalidade, deram vitória
folgada ao gaiteiro, MAURO SILVA que
brilhou com sua gaita botoneira nos seguintes festivais:
34º Gauderiada; 14º Joãozinho da Ponte; 23ª Estância;
7º Canto Xucro Galponeiro; 6º Cantador de Campanha.
No quesito MELHOR
LETRA/POESIA, a primeira colocação com 3 troféus vai para o poeta ADRIANO SILVA ALVES, premiado nos
seguintes festivais:
10º Cante
um Canção em Vacaria - Benzido;
24ª
Sapecada – Ateu;
8º
Expocanto – Serei Eu.
Entre os compositores que conquistaram o troféu
alusivo a MELHOR MELODIA, a exemplo
de 2015, o destaque como melodista vai para JULIANO GOMES, premiado em 3 festivais:
24ª
Sapecada – A Delicada
8º Canto
Farroupilha - Arrocinador
8º
Expocanto - Viejito
FESTIVAIS DE POESIA
No que
tange aos FESTIVAIS DE POESIA, cabe
informar que nossa pesquisa levou em conta as modalidades normalmente
utilizadas nos referidos certames, quais sejam: Poesia,
Intérprete, Amadrinhador.
Foram
considerados neste levantamento os 6 (seis) festivais realizados em 2016:
2º Esteio, 14º Bivaque, 1ª
Patrulha, 21ª Sesmaria, 6ª Tertúlia Maçônica e 3ª
Tertúlia.
Na
modalidade POETA COM MAIS PRIMEIROS
LUGARES, o destaque vai para RODRIGO
BAUER que venceu 2 festivais:
2º Esteio da Poesia: Não Me Perguntes do Gaúcho Velho
6ª Tertúlia Maçônica – Linha Não Maçônica: A Morte Envolta no Lenço
Na
categoria POETA COM MAIS SEGUNDOS LUGARES,
houve empate entre 7 poetas. Utilizado o critério de desempate, o troféu vai
para MOISÉS SLVEIRA DE MENEZES.
Na
categoria POETA COM MAIS TERCEIROS
LUGARES, igualmente houve empate entre 7 autores. Utilizando-se o mesmo critério
de desempate, o troféu vai para CARLOS
OMAR VILLELA GOMES.
Assim
como inovamos nos destaques dos festivais de música, igualmente apontamos o POETA COM MAIS PREMIAÇÕES. E o destaque vai para MOISÉS SILVEIRA DE MENEZES que obteve 4 troféus no ano de 2016.
Na
modalidade de MELHOR DECLAMADOR, destaca-se
o intérprete PAULO RICARDO DOS SANTOS
que conquistou 2 troféus de primeiro lugar nos seguintes festivais:
6ª Tertúlia Maçônica – Linha Maçônica:
Uma Pedra em Meu Caminho
3ª Tertúlia da Poesia:
No
quesito MELHOR DECLAMADORA, a
vencedora é LILIANA CARDOSO DUARTE
por ter conquistado um Primeiro Lugar na 21ª
Sesmaria, ao defender o poema Lá No Cerro
dos Porongos, e um Segundo Lugar na 3ª
Tertúlia, com o poema Palavra.
No elenco
dos INTÉRPRETES QUE DEFENDERAM POEMAS
VENCEDORES, salientou-se o declamador
PEDRO
JUNIOR DA FONTOURA, com três interpretações vencedoras:
2º Esteio
da Poesia: Não Me Perguntem do Gaúcho Velho;
6ª Tertúlia
Maçônica – Linha Não Maçônica: A Morte
Envolta no Lenço;
21ª
Sesmaria da Poesia: Sob os Olhos Vendados da Justiça
Na modalidade MELHOR
AMADRINHADOR de 2016, destaque absoluto para o violonista ZULMAR BENITEZ que conquistou três
troféus de primeiro lugar em 2016:
2º Esteio:
De Esporas Calçadas;
21ª
Sesmaria: Um Velho Taura Recém Nascido;
3ª
Tertúlia: Reflexões
PIAZADA DESTAQUE:
No levantamento dos Melhores de 2016, entendi que,
pela primeira vez, deveria valorizar os jovens intérpretes, que com sua graça e principalmente com seu talento, tem ungido de esperanças o
cenário da música regional gaúcha. Eis porque, aponto a PIAZADA DESTAQUE,
levando em conta os 14 festivais Infanto-juvenis realizados ao longo do ano. Tendo como lume as modalidades Mirim e Juvenil,
costumeiramente adotadas nos referidos concursos, os resultados são os
seguintes:
Na Categoria
Mirim, com até 14 anos de idade, modalidade Feminina, a INTÉRPRETE COM MAIS
VITÓRIAS, com 4 primeiro lugares obtidos nos festivais Estancinha, Cantinho Farroupilha, Xucrinho Galponeiro e Canto dos Ervais, foi ANA LAURA CORNEL.
Na modalidade Masculina, o INTÉRPRETE COM MAIS VITÓRIAS é LUIZ
ARTHUR SEIDEL DE SOUZA, com três primeiros lugares conquistados nos
festivais: Acampamentinho, Reculutando a
Potrada e Tertulinha.
Na categoria Juvenil, para cantores de 15 a 17 anos
de idade, modalidade Feminina, a INTÉRPRETE
COM MAIS VITÓRIAS, com 2 primeiros lugares obtidos nos festivais Carijinho e Coxilha Piá é LAURA BAUM.
Na modalidade Masculina, houve empate entre Gabriel
Fortes e Juan Winz, no entanto, Winz obteve também um segundo lugar e isso
desempatou a peleia em seu favor. Portanto, o INTÉRPRETE COM MAIS VITÓRIAS é JUAN WINZ, vencedor do Cantinho Farroupilha.
Encerrando as modalidades alusivas aos festivais
infanto-juvenis, apontamos agora o INTÉRPRETE COM MAIS PREMIAÇÕES, no qual foram contabilizadas todos as premiações obtidas. Neste quesito, com 4 troféus conquistados, evidenciou-se a cantora GIOVANNA CAVALHEIRO.
PARABÉNS a todos que se destacaram.
Desejo que as vitórias e o sucesso sejam maiores em
2017.
No domingo, dia 08 de janeiro, este levantamento será repercutido no programa DO LITORAL A FRONTEIRA, das 6h as 8h da manhã, na
Rádio Bandeirantes.
O ato de entrega dos troféus aos vencedores será realizado em data a ser definida oportunamente, podendo até mesmo ser durante uma edição especial do programa Do Litoral a Fronteira, apresentado por Jairo Reis.
Agradecimento muito especial aos autores das fotos
utilizadas nesta postagem.
Em caso de utilização e reprodução destas
informações, por favor, faça o devido crédito a autor do presente levantamento,
o jornalista e comunicador JAIRO REIS.