07 maio 2012

NICO FAGUNDES SE DESPEDE DO GALPÃO CRIOULO


Foto: Luiza Carneiro

Uma festa regada a felicidade, música e muita história marcou a noite deste domingo (6), em Venâncio Aires, durante a gravação da comemoração dos 30 anos do Galpão Crioulo. O evento aconteceu na 12ª Fenachim (Festa Nacional do Chimarrão) e reuniu sete mil pessoas, segundo informações da Brigada Militar. Embora 38 atrações preenchessem o palco do programa trazendo o melhor da música regionalista, o grande destaque foi o apresentador Nico Fagundes, que depois de três décadas deixou a regência para o sobrinho Neto Fagundes.
Shana Müller, música do grupo Buenas e M’Espalho, conta que para ela Nico é uma referência na tradição do Rio Grande do Sul. “Ele cumpre um papel muito importante e consagra novos talentos. O Galpão Crioulo é um programa sem preconceitos”, elogia a artista. Liliana Cardoso, declamadora, concorda com Shana. Ela participou do evento mostrando ao público os bastidores da gravação, realizando entrevistas entre cada apresentação. “O Nico é um pai para nós. Colocou muita gente na vitrine e soube valorizar a arte de cada um”, disse Liliana emocionada: “É um sentimento de perda. Admiro sua genialidade”.
A trajetória do Galpão Crioulo começou em abril de 1982. São 30 anos ininterruptos com o mesmo apresentador Antonio Augusto Fagundes e mais de 1500 edições do programa no ar, gravados em estúdio, no campo, no palco ou em eventos. Luiz Carlos Borges, consagrado compositor, participou desde a primeira edição. “Sempre estive em todas as comemorações. Não houve um ano em que não participei de pelo menos uma edição do programa”, conta. Dentre as características de Nico, Luiz Carlos Borges destaca a competência com as palavras e com o conhecimento: “Ele fala não apenas do sul, mas também do universo do regionalismo. Consegue fazer comparações do jeito gaúcho com o jeito russo, por exemplo. Tem experiência em arte, composição, cinema”.
Com um palco totalmente revisitado para a apresentação, com um cenário novo em azul, 38 convidados especiais mostraram o melhor da história do Galpão Crioulo. Pelo menos 32 canções foram entoadas ao som da banda composta especialmente para o evento sob a batuta de Luciano Maia, com Marcelinho Freitas na percussão e bateria, Rodrigo Maia no baixo, Márcio Rosado e Matheus Alves nos violões. Além disso, o CTG Rancho da Saudade, grande vencedor do Enart 2010, também mostrou a sua coreografia. Os momentos mais emocionantes se deram com Berenice Azambuja e Gaúcho da Fronteira, Fátima Gimenez, Juliana Spanevello, Loma e Maria Luiza Benitez cantando “Céu, sol, sul terra e cor”, e em “Querência Amada, por Luiz Carlos Borges, Beto Mayer e Teixeirinha Filho.
A gravação dos 30 anos do Galpão Crioulo será divida em três programas a serem exibidos a partir do próximo domingo (13). Não perca!
Matéria extraída do site oficial do Programa Galpão Crioulo

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