10 junho 2022

O BARCO DE GARIBALDI

Répicla do "Seival" chegando em Itapuã.
Parabéns ao professor Antônio Carlos Rodrigues, pela iniciativa de recriar uma réplica fiel do Barco Seival, utilizado pelo navegador e líder farrapo Giuseppe Garibaldi, durante a Revolução Farroupilha, ocorrida de 1835 a 1445, em terras rio-grandenses.
Todo em madeira, medindo 15 metros de comprimento e 12 de altura, as dimensões são semelhantes à embarcação Farroupilha. Com dois mastros de igual tamanho e fundo chato de pouco calado, como o original, o barco foi construído com o objetivo de resgatar a história da Revolução Farroupilha e de conscientizar crianças sobre a relação com o meio ambiente e o cuidado com as águas. 
Após ser visitada por alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Genésio Pires, de Itapuã, em Viamão, a escuna rumou para Barra do Ribeiro, onde mais crianças puderam conhecê-la.
No começo da tarde, o "Seival" partiu com 22 pessoas, incluindo a tripulação, jornalistas, autoridades e curiosos, em direção a Porto Alegre, chegando ao pôr do sol no Clube Veleiros do Sul.   O encontro do "Seival" com as águas do Guaíba proporcionaram um fato histórico inédito.  
O barco ficará no Veleiros do Sul para que associados do clube o visitem no sábado (11). Ainda não está definido quando o lanchão partirá para sua próxima viagem, mas o objetivo é levá-lo ao oceano e subir a costa gaúcha até a cidade catarinense de Laguna, tomada por Garibaldi com o Seival em 22 de julho de 1839. Depois, quem sabe, chegar com a embarcação à Itália, onde o líder farrapo morreu, em 1882.
"Seival" original (Laguna, 05/07/1908)
O valor investido na reprodução do barco foi de aproximadamente R$ 600 mil, arrecadados pela Associação Amigos do Seival. O motor foi pago por parentes de Giuseppe e Anita Garibaldi, moradores da Itália. 
O barco começou a ser construído em 2019 em Camaquã. Em março de 2022, foi levado em caminhão até a Lagoa dos Patos, sendo ancorado no ponto em que seu original esteve em 1839.  
De acordo com o prefessora Antônio, o "Seival" ainda não está concluído. Faltam alguns objetos imortantes, mas já carrega peças como balas de canhão, uma âncora centenária e uma luneta do século 19. 
Para terminar o barco e mantê-lo navegando, a associação criou um financiamento coletivo, que pode ser acessado neste link.

Fonte:  GZH
Fotos: Google

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