O
Deputado cantor Luiz Marenco, prestou homenagem de reconhecimento ao poeta, compositor
e pajador Jayme Caetano Braun, nesta quinta-feira, 4 de julho, quatro dias
antes de completar vinte anos de morte do pajador missioneiro. A solenidade aconteceu no Plenário da
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, durante o Grande Expediente.
Além
dos parlamentares, o quórum foi reforçado por admiradores de Braun e de Marenco
nas galerias. A mesa presidida por Zila Breitenbach contou também com a
presença da Secretária Municipal de Turismo e Cultura da cidade de São Luiz
Gonzaga, Rose Grings, que representou o prefeito da cidade de nascimento de
Braun, sr. Sidney Luiz Brondani. Também fizeram parte da mesa, a viúva do
homenageado, Aurora Braun, o produtor fonográfico Airton dos Anjos (Patineti),
o sr. Ivo Benfato, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, a sra.
Paula Simon, presidente da Comissão Gaúcha de Folclore e o ex-governador Olívio
Dutra.
Citado
como padrinho e pai artístico, mas também como irmão e amigo do deputado
cantor, Jayme Caetano Braun, uma das figuras mais emblemáticas da cultura
rio-grandense foi consagrado como pajador, poeta, radialista e compositor.
Marenco, sem menosprezar as demais habilidades artísticas do homenageado,
preferiu colocar à luz o talento de Braun como compositor, atividade que os
uniu no campo da música nativista.
O
deputado, com sua voz pausada, dissertou sobre as parcerias de Jayme Caetano
com Noel Guarany, José Mendes, Cenair Maicá, Pedro Ortaça, Talo Pereyra, Lucio
Yanel, Argentino Luna e com o próprio parlamentar, lembrando que seu primeiro LP
se chamou “Luiz Marenco Canta Jayme Caetano Braun”, o qual também fez uma
participação no disco, indicado para o Prêmio Sharp, na época. Ressaltou o
talento de Braun na produção de letras musicais com rebeldia e amor à terra
natal, recheadas de metáforas e de riqueza poética, com a genialidade de elevar uma
cena de campo a uma situação universal, através de imagens literárias. “Jayme
Caetano Braun foi um letrista genial com sua filosofia de campo e cultura sem
fronteira”, afirmou Marenco. “Seus trabalhos são as vozes lá de fora retumbando
na cidade”, complementou o deputado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCZz1a4K18uYlslhjpZoBomgl-OsRtGAqUwmVl74bKezJ0i3EikZv8NkTr2rNegcWF93lQiPxjzf7XE06E7JMRCivMpfDUhaBuSuczTA3kl96pkLn_P0FOHFIX7xCj3E1G9jKhgYwA8uHe/s400/DSC_1086.jpg)
Ao
finalizar sua fala em honra ao seu mestre, padrinho e amigo, o deputado cantor
citou alguns versos do homenageado e disse que teria centenas de imagens
literárias para ressaltar as letras de Caetano Braun. Complementou,
dizendo que existem muitas maravilhas poéticas em seus poemas e nas suas
pajadas, considerando que são capítulos a parte na vasta obra do missioneiro.
“Tratar-se de uma riqueza incomparável no cenário cultural rio-grandense”,
sentenciou.
Arrematou,
citando as diversas homenagens de reconhecimento ao poeta, em duas estátuas, um
viaduto, uma praça, uma rua, um centro de tradições e o Dia do Pajador Gaúcho,
entre outras e recitou uma décima de Braun, dizendo estar dando voz ao
homenageado:
Morri, mas ressuscitei,
das cinzas da minha fé,
O sangue de São Sepé
me fez santo - eu me fiz rei:
gaúcho me transformei
num barbaresco improviso
e, ali no chão impreciso,
de parceria com o vento,
sou hoje, o prolongamento,
do chão sagrado onde piso!
das cinzas da minha fé,
O sangue de São Sepé
me fez santo - eu me fiz rei:
gaúcho me transformei
num barbaresco improviso
e, ali no chão impreciso,
de parceria com o vento,
sou hoje, o prolongamento,
do chão sagrado onde piso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário