Papa João Paulo II com integrantes dos grupos de danças. A flecha identifica Jairo Reis |
No dia 05 de julho de 1980, o saudoso Papa João
Paulo II visitava a capital dos gaúchos, Porto Alegre.
Dentre as tantas atividades programadas para o
santo homem, estava um importante encontro com religiosos no Gigantinho.
A Secretaria de Turismo do Estado entendeu que seria
importante aproveitar aquela ocasião para mostrar ao sumo pontífice, alguns
aspectos da cultura e da tradição do Rio Grande.
Para tanto, mobilizou as lideranças tradicionalistas
da época. Expoentes como Paixão Côrtes,
Barbosa Lessa, Rodi Borguetti, Edson Otto, Nico Fagundes, Onésimo Duarte, o tio Djalmo Oliveira, o meu pai Jarcy Reis e
tantos outros, uniram-se para elaborar e oferecer um grande espetáculo ao Papa.
Foram convocados os cinco melhores grupos de
dança da época: CTG Brazão do Rio Grande de Canoas, CTG Aldeia dos Anjos de
Gravataí, 35 CTG de Porto Alegre, CTG Maragatos de Porto Alegre e CTG Cel.
Chico Borges de Santo Antônio da Patrulha, do qual eu era integrante e
instrutor.
Ao lado do Gigantinho, um cenário com cinco
tablados, era abraçado por mais de uma centena de cavalarianos posicionados numa
espécie de parábola.
Nos tablados, sob o comando do mestre (já
saudoso) Paixão Côrtes, os cinco grupos fizeram uma apresentação conjunta das
principais danças gaúchas, para admiração do Papa, que já passava pelo local
naquele instante.
João Paulo II aplaudiu entusiasticamente o
espetáculo e, descendo do “papa móvel”, fez questão de registrar fotograficamente, aquele encontro com os dançarinos gaúchos.
Dias depois, após ser veiculada nos principais jornais do Rio Grande do Sul, uma das fotografias foi publicada na
revista Manchete, uma das mais prestigiadas publicações do país na década de oitenta.
Trinta e nove anos se passaram e eu ainda sinto desmedido orgulho e uma pontinha de emoção, pelo privilégio de ter sido um dos
personagens daquele momento de cultura, de arte e de fé.
Lembro com saudades dos peões e prendas que, como eu, vivenciaram aquela sensação indescritível. Do nosso grupo, além de mim, estavam a Ana Maria, a Zica, o Márcio, a Silvana, o Gigio, a Andreá, o Luizinho, a Silvânia e o Sirângelo. Lamentavelmente, o Luizinho faleceu dias atrás. Mas os demais, graças a Deus, ainda estão vivos e saudáveis.
Lembro com saudades dos peões e prendas que, como eu, vivenciaram aquela sensação indescritível. Do nosso grupo, além de mim, estavam a Ana Maria, a Zica, o Márcio, a Silvana, o Gigio, a Andreá, o Luizinho, a Silvânia e o Sirângelo. Lamentavelmente, o Luizinho faleceu dias atrás. Mas os demais, graças a Deus, ainda estão vivos e saudáveis.
Bem que podíamos promover um encontro de toda aquela turma,
para botar a prosa em dia e intercambiar uns abraços. (Conto contigo, amigo Diego Muller)
Pra ilustrar este relato, publico uma das fotos daquele dia
inesquecível, na qual eu apareço, barbudo, usando um chapéu de copa alta, ao lado do “homem”.
Só me resta dizer “que categoria” !!!
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