24 julho 2019

GRACIAS TCHÊ GURI


Vai o meu fraterno abraço e um especial agradecimento ao pessoal do Grupo Tchê Guri, pela gentileza de presentear-me com o seu luxuoso material de divulgação.
Num envelope personalizado, recebi o cartaz oficial, algumas cópias do CD "Baile Pronto - Volume 2" e "porfólios" muito bem elaborados, mostrando as três formas de atuação oferecidas atualmente pelo Tchê Guri:  Show Natal no Sul; Tchê Guri e Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo; Tchê Guri - Os Reis do Vanerão
O que me chamou a atenção foi a impecável apresentação dos impressos, deixando claro o esmero e o profissionalismo com que é tratado o trabalho do grupo.
Parabéns Tchê Guri, pela organização e pelo respeito que demonstram por seus admiradores e pelo público do Rio Grande. 
Que outros artistas gaúchos sigam este baita exemplo. 
Gracias pelos regalos e pela atenção com este humilde comunicador. 

22 julho 2019

O VIAJANTE ENRAIZADO, DE RODRIGO BAUER

O Viajante Enraizado é uma coletânea com cem (100) poemas  vencedores de concursos literários e festivais do Sul do Brasil, todos de autoria poeta e letrista  São Borjense Rodrigo Bauer
Com prefácio do poeta Carlos Omar Villela Gomes e gravuras do artista plástico Vasco Machado, O Viajante Enraizado traz o que Bauer produziu de melhor nos últimos sete anos, desde a publicação de seu último livro editado: Rodrigo Bauer, 20 Anos de Poesia.
Uma parte destes versos reflete a história política do Rio Grande do Sul através dos lenços e seus matizes ideológicos, num capítulo à parte chamado “A Voz dos Lenços”. Os demais poemas são de cunho regional gaúcho, mas revestidos de uma permanente alma universal. Essa característica “tolstoiana” de cantar o mundo a partir de sua aldeia, sempre permeou a obra de Rodrigo Bauer, um compositor de letras que venceram festivais antagônicos, desde os campeiríssimos “Um Canto Para Martin Fierro” de Santana do Livramento e “Carijo da Canção Gaúcha” de Palmeira das Missões, até os mais populares e universais a exemplo da “Moenda da Canção” de Santo Antônio da Patrulha e o “Rio Grande Canta o Cooperativismo”.

O AUTOR: 
Rodrigo Bauer é um poeta consagrado, sendo um dos maiores vencedores da História do Movimento dos Festivais Nativistas (de Música e de Poesia).   Conquistou mais de 60 troféus em festivais (contando-se somente os de Primeiro Lugar). É ganhador da Calhandra de Ouro, prêmio máximo da Califórnia da Canção Nativa, de Uruguaiana, do Troféu Vitória, e do Troféu Destaques dos Festivais, destinado aos melhores de cada ano.
O Viajante Enraizado registra sua obra e reúne sua poesia, a fim de que a mesma seja levada ao público leitor, escolar e universitário. 
É um livro que não pode faltar no acervo do grande público, principalmente dos que apreciam a poesia regional gaúcha.


LANÇAMENTO:
O livro será apresentado ao grande público em três eventos programadas para as cidades de São BorjaViamão Santo Antônio da Patrulha.
Em cada uma destas etapas, haverá uma Oficina de Criação e Recriação Literária, ministrada pelo poeta e declamador Pedro Junior da Fontoura, uma Sessão de Autógrafos do autor e um Recital Poético Musical, estrelado por Rodrigo Bauer, acompanhado de Pedro Junior da Fontoura e de um amadrinhador convidado.
Na cidade de São Borja, a atividade de lançamento do livro acontecerá no dia 30 de agosto de 2019, as 19 horas, nas dependências do Centro Nativista Boitatá.  
Não haverá cobrança  de ingressos e o acesso é liberado para pessoas de todas as faixas etárias e classes sociais. 

FINANCIAMENTO:
A publicação do livro O Viajante Enraizado foi financiada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Secretaria da Cultura, Sistema Pró-Cultura RS LIC, Lei nº 13.490/10, através do ICMS que o gaúcho paga.   

Produção e Realização: Valter Portalete Produtor
Patrocínio:  Mercado Bacesa, o Super Chesini 
Financiamento: Pró-Cultura RS LIC - Secretaria da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Sul

18 julho 2019

JUAREZ FONSECA LANÇA LIVRO SOBRE GILDO DE FREITAS

Depois do lançamento em Viamão, no dia do aniversário de Gildo, o livro terá lançamento e autógrafos durante a Moenda da Canção, em Santo Antônio da Patrulha, no dia 17 de agosto às 14h, integrando a Feira do Livro da cidade. 

Para marcar o centenário de nascimento de Gildo de Freitas, a Plus Editora, de Porto Alegre, está lançando a biografia “O Rei dos Trovadores”, do jornalista Juarez Fonseca. Com mais de 200 páginas, o livro conta a extraordinária história do artista popular que conquistou o Rio Grande do Sul com suas trovas e depois com seus discos. Nascido no bairro Passo d’Areia, em Porto Alegre, em 19 de junho de 1919, Gildo é considerado o expoente máximo da trova gaúcha, manifestação folclórica que tem seus primeiros registros na época da Revolução Farroupilha (1835-1845).

Apoiada em entrevistas com Teixeirinha, Antônio Augusto Fagundes, Paixão Côrtes, Luiz Menezes, Ayrton dos Anjos e, entre outros, Dona Carminha, viúva de Gildo, a narrativa de Juarez Fonseca começa na infância do personagem. E o segue na vida aventuresca pelos interiores do Rio Grande, recheada de episódios como as prisões por rebeldia, a adesão ao trabalhismo de Getúlio Vargas, a consagração nos programas de rádio, o sucesso nos discos, a visão quase profética para iniciativas como a criação dos bailões – que se tornariam febre no estado inteiro.
A relação com seu discípulo Teixeirinha ocupa bom espaço no livro, incluindo um capítulo em que Teixeirinha conta em detalhes uma viagem com Gildo para cantarem em Santa Catarina. Em resumo, “O Rei dos Trovadores” é uma louvação à genialidade de Gildo de Freitas, que depois da morte em Viamão, em 4 de dezembro de 1982, vem ganhando mais e mais admiradores. Ele dá nome a ruas e avenidas em várias cidades. Dá nome a um CTG e seu estilo de trova integra concursos em 29 cidades. É o patrono do poeta repentista em lei da Assembleia Legislativa.
Na verdade, o livro é uma ampliação do volume 22 da coleção “Esses Gaúchos”, lançado em 1985 pela editora Tchê!/RBS. Ao texto original, reescrito, Juarez Fonseca agregou a reprodução da primeira reportagem jornalística feita com Gildo, entrevistas com dirigente da Associação de Trovadores Luiz Müller e com os músicos nativistas João de Almeida Neto (primeiro a trazer Gildo para seu repertório) e Ernesto Fagundes (gravou um disco inteiro com músicas de Gildo). Também são relacionados trovadores em atividade no RGS e músicos seguidores do estilo do ídolo. Para completar, são reproduzidas 40 letras marcantes entre as 170 músicas gravadas.

SOBRE O AUTOR:
Formado pela UFRGS, Juarez Fonseca é jornalista profissional desde 1970. 
Na maior parte desse tempo trabalhou no jornal Zero Hora, onde foi editor da área de cultura e entretenimento. Em 1974 começou a acompanhar os festivais nativistas, fazendo a cobertura da maioria para Zero Hora. Foi jurado de dezenas de festivais. Atualmente é colunista de Zero Hora, escrevendo sobre música. Além de “Gildo de Freitas – O Rei dos Trovadores”, é autor de “Ora Bolas”, sobre o poeta Mário Quintana, e de “Neugebauer, uma História”, sobre a fábrica de chocolates mais antiga do Brasil.

PLUS Editora
Rua Santos Dumont,1101, bairro São Geraldo, Porto Alegre
Fone (51) 3222-2339
Pedido para o e-mail atendimento@pluseditora.com.br

AGRADECIMENTO:
Obrigado ao colega e amigo Juarez Fonseca, um dos mais brilhantes jornalistas do Rio Grande do Sul, pela gentileza de me oferecer um exemplar do livro  "Gildo de Freitas - O Rei dos Trovadores", obra de significativa importância para o cenário literário e cultural gaúcho, que resgata, de forma clara e elucidativa, aspectos relevantes da vida e da trajetória artística de um dos ícones do regionalismo rio-grandense: Gildo de Freitas.

Parabéns Juarez.   
Gracias e um baita abraço. 

13 julho 2019

ANALISE SEVERO "BEM GAÚCHA"

Há muito tempo que aprecio o trabalho da cantora e amiga Analise Severo
Sempre atuante nos palcos dos festivais, concorrendo ou estrelando espetáculos, ela conquistou uma legião de admiradores. Pealou igualmente, o coração do excelente intérprete Jean Kirchoff, pelo qual também nutro sincera consideração e amizade.
A união amorosa e artística de Analise e Jean, ocasionou um salto de qualidade e de profissionalismo na carreira de ambos.  Em dueto ou individualmente, eles tem conquistado muitos aplausos, premiações e acima de tudo o reconhecimento do público rio-grandense. Lançaram um CD juntos, se apresentaram na Europa, conquistaram patrocinadores, conduzem um programa de rádio e fazem cada vez mais sucesso. 
A Analise, a quem eu dedico esta postagem, assumiu temporariamente, enquanto a titular Shana Muller, goza licença maternidade, a condição de apresentadora do programa Galpão Crioulo, ao lado de Neto Fagundes, na RBS TV.   E está se saindo muito bem na função, o que não é surpresa pra mim.      

Agora, ela dá uma tacada de "mestra".   No auge da visibilidade proporcionada pela TV, ela utiliza as redes sociais para apresentar o vídeo clipe da música "Bem Gaúcha", excelente parceria de Rômulo Chaves e Jean Kirchoff.  Analise divide o protagonismo do vídeo com a grande Berenice Azambuja, outra cantora cuja popularidade é imensa.   É óbvio que a junção de duas tão talentosas artistas só poderia resultar em sucesso. E resultou, instantaneamente. Com menos de 48 horas de exibição o clipe já tem milhares de visualizações. 
Gerado a partir de uma pergunta dirigida às mulheres, através das redes sociais, o conceito de "Bem Gaúcha" foi definido e materializado nesta produção que teve a batuta de músico e produtor Gustavo Brodinho, do estúdio Rec Neles.
Ficou sensacional. 

Parabéns Analise Severo !!!!   Extensivo a todos os envolvidos nesta baita produção que orgulha o rio Grande. 

Clica aqui para assistir o vídeo clipe


06 julho 2019

MORRE O MÚSICO E AMIGO LORENO SANTOS


No palco da Tafona, Loreno (cabeludo) acompanhado por Germano Reis
Aos 68 anos de idade, faleceu na madrugada deste sábado, o músico, cantor e compositor Loreno Santos, um dos artistas mais conhecidos do litoral norte gaúcho.  
Ele estava internado desde o dia 04/07, na UTI do Hospital Geral de Novo Hamburgo, em razão de um grave quadro de pneumonia.
Os atos fúnebres ocorrerão a partir do meio-dia, no plenário da Câmara de Vereadores de Osório e o sepultamento às 16h30min no Cemitério Nossa Senhora da Conceição.
Violonista, guitarrista, tecladista, contrabaixista, arranjador e cantor, Loreno Santos era uma figura carismática, até mesmo folclórica, que se destacava nos palcos.  Um apaixonado pela música, que se orgulhava da sua longeva trajetória artística, iniciada ainda na década de 60, como integrante do conjunto Os Jatos, uma espécie de “cover” dos Beatles.   No início da década de 70, criou o conjunto Prelúdio, que animava bailes na região sul do Brasil, no Uruguai e na Argentina.
Com o Prelúdio, participava dos festivais de música da época, tendo sido premiado com o 2º Lugar na 5ª Vindima da Canção Nativa, de Flores da Cunha, no ano de 1979.
No final de década de 80, dedicou-se a carreira solo, tocando em bares e eventos da região litorânea. Começou a participar de forma mais frequente dos festivais de música, sendo seguidamente destacado em alguns deles.  Em 2000, na 12ª Tafona da Canção Nativa de Osório, Loreno registrou seu maior sucesso, “Vento Nordeste”, em parceria com Fábio Kinzel, canção premiada com o troféu de Melhor Tema Osoriense.   Na 15ª Tafona, realizada em 2003, conquistou o primeiro lugar com a canção “Mar da Vida” com letra e interpretação de Renato Junior. Também levou pra casa o troféu de Melhor Tema Osoriense com a música “Festa do Rosário”, em parceria com Joares Pereira.  A mesma premiação foi obtida na 16ª Tafona, em 2004, com a música “Alma das Águas” , em parceria com Sandro Andrade e Paulinho Dicasa.
Na 18ª Tafona, em 2007, Loreno Santos foi um dos integrantes da Comissão Avaliadora do festival, ao lado de Jaime Vaz Brasil, Mario Tressoldi, Nelcy Vargas e Wilson Tubino. Na condição de produtor executivo daquela edição, pude testemunhar sua paixão pela música litorânea e seu jeito peculiar de analisar as canções concorrentes, sempre com sinceridade, conhecimento e bom humor. Ele foi uma atração à parte, tanto na triagem quanto na mesa avaliadora.  
Em 2010, na 20ª Tafona, ele retorna ao palco e conquista o 2º Lugar na Linha Litorânea, com a música “Noite de Tafona”, parceria com Vaine Darde, e ainda o troféu de Música Mais Popular.
Em 2011, a canção intitulada Maria Teresa, dele e de sua esposa Patrícia Camargo, foi agraciada com o troféu de Melhor Música na Opinião do Público.
Em 2012, na 22ª Tafona levou pra casa os prêmios de Melhor Tema Osoriense e Música Mais Popular daquela edição com a música “De Açúcar e de Sal”, parceria dele com Vaine Darde.
Além das passagens marcantes pelo palco da Tafona, Loreno é autor do Hino Oficial do município de Osório, composto em parceria com o letrista Osvaldo Aguiar, fato que elevou ainda mais o seu prestígio naquela comunidade.
Ao mesmo tempo em que era um músico competente, Loreno Santos se mostrava um ser humano generoso, solidário, brincalhão e com uma grande senso de justiça.   Ajudou muito o meu filho Germano Reis, também músico, oferecendo-lhe parcerias e oportunidades profissionais importantes.
Loreno Santos nasceu em Osório, no dia 18 de junho de 1951.
Em homenagem, o prefeito de Osório, Eduardo Abrahão, decretou luto oficial por três dias no município.

05 julho 2019

DEPUTADO MARENCO HOMENAGEIA JAYME CAETANO BRAUN


O Deputado cantor Luiz Marenco, prestou homenagem de reconhecimento ao poeta, compositor e pajador Jayme Caetano Braun, nesta quinta-feira, 4 de julho, quatro dias antes de completar vinte anos de morte do pajador missioneiro.  A solenidade aconteceu no Plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, durante o Grande Expediente.
Além dos parlamentares, o quórum foi reforçado por admiradores de Braun e de Marenco nas galerias. A mesa presidida por Zila Breitenbach contou também com a presença da Secretária Municipal de Turismo e Cultura da cidade de São Luiz Gonzaga, Rose Grings, que representou o prefeito da cidade de nascimento de Braun, sr. Sidney Luiz Brondani. Também fizeram parte da mesa, a viúva do homenageado, Aurora Braun, o produtor fonográfico Airton dos Anjos (Patineti), o sr. Ivo Benfato, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, a sra. Paula Simon, presidente da Comissão Gaúcha de Folclore e o ex-governador Olívio Dutra.
Citado como padrinho e pai artístico, mas também como irmão e amigo do deputado cantor, Jayme Caetano Braun, uma das figuras mais emblemáticas da cultura rio-grandense foi consagrado como pajador, poeta, radialista e compositor. Marenco, sem menosprezar as demais habilidades artísticas do homenageado, preferiu colocar à luz o talento de Braun como compositor, atividade que os uniu no campo da música nativista.
O deputado, com sua voz pausada, dissertou sobre as parcerias de Jayme Caetano com Noel Guarany, José Mendes, Cenair Maicá, Pedro Ortaça, Talo Pereyra, Lucio Yanel, Argentino Luna e com o próprio parlamentar, lembrando que seu primeiro LP se chamou “Luiz Marenco Canta Jayme Caetano Braun”, o qual também fez uma participação no disco, indicado para o Prêmio Sharp, na época. Ressaltou o talento de Braun na produção de letras musicais com rebeldia e amor à terra natal, recheadas de metáforas e de riqueza poética, com a genialidade de elevar uma cena de campo a uma situação universal, através de imagens literárias. “Jayme Caetano Braun foi um letrista genial com sua filosofia de campo e cultura sem fronteira”, afirmou Marenco. “Seus trabalhos são as vozes lá de fora retumbando na cidade”, complementou o deputado.
Sua manifestação na tribuna do Plenário 20 de Setembro recebeu apartes de inúmeros deputados e bancadas, que transformou a seção do Grande Expediente num manifesto ainda maior a este mestre da cultura rio-grandense. Isto veio corroborar o discurso de Marenco de que Braun continua vivo na memória dos gaúchos e gaúchas. E, que a obra vence a morte, eternizando o poeta.
Ao finalizar sua fala em honra ao seu mestre, padrinho e amigo, o deputado cantor citou alguns versos do homenageado e disse que teria centenas de imagens literárias para ressaltar as letras de Caetano Braun. Complementou, dizendo que existem muitas maravilhas poéticas em seus poemas e nas suas pajadas, considerando que são capítulos a parte na vasta obra do missioneiro. “Tratar-se de uma riqueza incomparável no cenário cultural rio-grandense”, sentenciou.
Arrematou, citando as diversas homenagens de reconhecimento ao poeta, em duas estátuas, um viaduto, uma praça, uma rua, um centro de tradições e o Dia do Pajador Gaúcho, entre outras e recitou uma décima de Braun, dizendo estar dando voz ao homenageado:
                       Morri, mas ressuscitei,
                       das cinzas da minha fé,
                      O sangue de São Sepé
                      me fez santo - eu me fiz rei:
                      gaúcho me transformei
                      num barbaresco improviso
                      e, ali no chão impreciso,
                     de parceria com o vento,
                     sou hoje, o prolongamento,
                     do chão sagrado onde piso!

TRINTA E NOVE ANOS DE UM ENCONTRO INESQUECÍVEL

Papa João Paulo II com integrantes dos grupos de danças. A flecha identifica Jairo Reis


No dia 05 de julho de 1980, o saudoso Papa João Paulo II visitava a capital dos gaúchos, Porto Alegre.
Dentre as tantas atividades programadas para o santo homem, estava um importante encontro com religiosos no Gigantinho.
A Secretaria de Turismo do Estado entendeu que seria importante aproveitar aquela ocasião para mostrar ao sumo pontífice, alguns aspectos da cultura e da tradição do Rio Grande.
Para tanto, mobilizou as lideranças tradicionalistas da época.  Expoentes como Paixão Côrtes, Barbosa Lessa, Rodi Borguetti, Edson Otto, Nico Fagundes, Onésimo Duarte, o tio Djalmo Oliveira, o meu pai Jarcy Reis e tantos outros, uniram-se para elaborar e oferecer um grande espetáculo ao Papa.
Foram convocados os cinco melhores grupos de dança da época: CTG Brazão do Rio Grande de Canoas, CTG Aldeia dos Anjos de Gravataí, 35 CTG de Porto Alegre, CTG Maragatos de Porto Alegre e CTG Cel. Chico Borges de Santo Antônio da Patrulha, do qual eu era integrante e instrutor.
Ao lado do Gigantinho, um cenário com cinco tablados, era abraçado por mais de uma centena de cavalarianos posicionados numa espécie de parábola.
Nos tablados, sob o comando do mestre (já saudoso) Paixão Côrtes, os cinco grupos fizeram uma apresentação conjunta das principais danças gaúchas, para admiração do Papa, que já passava pelo local naquele instante.     
João Paulo II aplaudiu entusiasticamente o espetáculo e, descendo do “papa móvel”, fez questão de registrar fotograficamente, aquele encontro com os dançarinos gaúchos.  
Dias depois, após ser veiculada nos principais jornais do Rio Grande do Sul, uma das fotografias foi publicada na revista Manchete, uma das mais prestigiadas publicações do país na década de oitenta.
Trinta e nove anos se passaram e eu ainda sinto desmedido orgulho e uma pontinha de emoção, pelo privilégio de ter sido um dos personagens daquele momento de cultura, de arte e de fé.  
Lembro com saudades dos peões e prendas que, como eu, vivenciaram aquela sensação indescritível. Do nosso grupo, além de mim, estavam a Ana Maria, a Zica, o Márcio, a Silvana, o Gigio, a Andreá, o Luizinho, a Silvânia e o Sirângelo. Lamentavelmente, o Luizinho faleceu dias atrás. Mas os demais, graças a Deus, ainda estão vivos e saudáveis.
Bem que podíamos promover um encontro de toda aquela turma, para botar a prosa em dia e intercambiar uns abraços. (Conto contigo, amigo Diego Muller)

Pra ilustrar este relato, publico uma das fotos daquele dia inesquecível, na qual eu apareço, barbudo, usando um chapéu de copa alta, ao lado do “homem”.

Só me resta dizer “que categoria” !!!

FELIZ ANIVERSÁRIO PEDRÃO!!


Hoje, 05 de julho,  é aniversário do meu irmão, Pedro Reis, figura importante pra nossa família e um exemplo de cidadão. 
Ele é daqueles que não costuma rir à toa, tampouco demonstra facilmente suas emoções, mas a cara “de mau” esconde um homem de coração mole, que ama a família e fideliza os amigos.
Ele nasceu cinco anos antes de mim, mas no "visual" parece que a nossa diferença de idade é menor. Chegamos a ser contemporâneos nas lides tradicionalistas pelo glorioso CTG Cel. Chico Borges, de Santo Antônio da Patrulha.     Mais tarde, lideramos a criação de um outro CTG, o Patrulha do Rio Grande, igualmente de valorosa trajetória.  Sem pretensão alguma, já deixamos nossos nomes gravados na história do tradicionalismo patrulhense. Nosso saudoso pai, Jarcy Cândido dos Reis, certamente estaria (e está) orgulhoso da gente.
Embora tenhamos nossas diferenças, físicas, comportamentais e emocionais, mesmo que os nossos encontros não sejam frequentes, tenho absoluta certeza de que nos amamos, talvez de um jeito meio torto, mas de forma sincera, intensa e fraterna.   

Nesta foto, tirada em 1977, estamos nós, ostentando a indumentária tradicional gaúcha, eu de “Braga” marrom, vestimenta muito utilizada pelos jovens da época, e o Pedro, de bombacha branca, que era o traje oficial da invernada artística do Chico Borges naqueles tempos. 
Lá se vão 42 anos...   
Cabelo e boniteza, "nóis tinha" bastante.
Parabéns Pedrão!!    
Que Deus te conceda saúde e muitas alegrias, hoje e sempre.
Beijo, mano véio.