Foto: Luiza Carneiro |
Uma festa regada a felicidade, música e muita
história marcou a noite deste domingo (6), em Venâncio Aires, durante a
gravação da comemoração dos 30 anos do Galpão Crioulo. O evento aconteceu na
12ª Fenachim (Festa Nacional do Chimarrão) e reuniu sete mil pessoas, segundo
informações da Brigada Militar. Embora 38 atrações preenchessem o palco do
programa trazendo o melhor da música regionalista, o grande destaque foi o
apresentador Nico Fagundes, que depois de três décadas deixou a regência para o
sobrinho Neto Fagundes.
Shana Müller, música do grupo Buenas e M’Espalho,
conta que para ela Nico é uma referência na tradição do Rio Grande do Sul. “Ele
cumpre um papel muito importante e consagra novos talentos. O Galpão Crioulo é
um programa sem preconceitos”, elogia a artista. Liliana Cardoso, declamadora,
concorda com Shana. Ela participou do evento mostrando ao público os bastidores
da gravação, realizando entrevistas entre cada apresentação. “O Nico é um pai
para nós. Colocou muita gente na vitrine e soube valorizar a arte de cada um”,
disse Liliana emocionada: “É um sentimento de perda. Admiro sua genialidade”.
A trajetória do Galpão Crioulo começou em abril de
1982. São 30 anos ininterruptos com o mesmo apresentador Antonio Augusto
Fagundes e mais de 1500 edições do programa no ar, gravados em estúdio, no
campo, no palco ou em eventos. Luiz Carlos Borges, consagrado compositor,
participou desde a primeira edição. “Sempre estive em todas as comemorações.
Não houve um ano em que não participei de pelo menos uma edição do programa”,
conta. Dentre as características de Nico, Luiz Carlos Borges destaca a
competência com as palavras e com o conhecimento: “Ele fala não apenas do sul,
mas também do universo do regionalismo. Consegue fazer comparações do jeito
gaúcho com o jeito russo, por exemplo. Tem experiência em arte, composição,
cinema”.
Com um palco totalmente revisitado para a
apresentação, com um cenário novo em azul, 38 convidados especiais mostraram o
melhor da história do Galpão Crioulo. Pelo menos 32 canções foram entoadas ao
som da banda composta especialmente para o evento sob a batuta de Luciano Maia,
com Marcelinho Freitas na percussão e bateria, Rodrigo Maia no baixo, Márcio
Rosado e Matheus Alves nos violões. Além disso, o CTG Rancho da Saudade, grande
vencedor do Enart 2010, também mostrou a sua coreografia. Os momentos mais
emocionantes se deram com Berenice Azambuja e Gaúcho da Fronteira, Fátima
Gimenez, Juliana Spanevello, Loma e Maria Luiza Benitez cantando “Céu, sol, sul
terra e cor”, e em “Querência Amada, por Luiz Carlos Borges, Beto Mayer e
Teixeirinha Filho.
A gravação dos 30 anos do Galpão Crioulo será
divida em três programas a serem exibidos a partir do próximo domingo (13). Não
perca!
Matéria extraída do site oficial do Programa Galpão Crioulo
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